O Vale dos Reis, um tesouro arqueológico escondido nas margens ocidentais do Nilo, cativa visitantes com sua história milenar e mistérios encobertos.
Este local impressionante serviu como a necrópole real do Antigo Egito durante quase 500 anos, abrigando as tumbas dos faraós mais poderosos da história.
Vamos mergulhar nas principais tumbas e seus ocupantes reais, desvendando os segredos guardados por séculos.
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O Vale dos Reis, conhecido em árabe como "Wadi al-Muluk", é uma área arqueológica fascinante localizada próxima à cidade de Luxor, no sul do Egito. Este local extraordinário tem uma história rica e um significado profundo para a civilização do Antigo Egito.
O nome oficial deste local nos tempos antigos era impressionante: "A Grande e Majestosa Necrópole dos Milhões de Anos do Faraó, Vida, Força e Saúde a Oeste de Tebas".
No entanto, era mais comumente conhecido como "Ta-sekhet-ma'at", que significa "O Grande Campo". O nome atual, Vale dos Reis, reflete sua função como local de descanso eterno para os faraós do Antigo Egito.
Durante o Novo Reino, entre 1539 a.C. e 1075 a.C., o Vale dos Reis tornou-se o local escolhido para o repouso eterno dos faraós e suas famílias. Esta decisão estratégica foi influenciada pela proximidade com a cidade sagrada de Tebas e o Templo de Amon, o principal deus adorado na época.
As tumbas cuidadosamente esculpidas e decoradas no Vale dos Reis representam a crença dos antigos egípcios na vida após a morte. Elas refletem a importância dos rituais funerários para garantir uma passagem segura para o além.
Os faraós eram enterrados com seus pertences, incluindo móveis, roupas, jóias e até mesmo alimentos e bebidas, acreditando que esses itens seriam necessários na outra vida.
O Vale dos Reis tem sido um foco de explorações egiptológicas por mais de dois séculos. Uma das descobertas mais significativas ocorreu em 1922, quando Howard Carter encontrou a tumba de Tutancâmon.
Esta descoberta inaugurou uma nova era do turismo egípcio, com os tesouros de Tutancâmon percorrendo o mundo e gerando um grande interesse pela história do Antigo Egito.
Outras tumbas importantes, como a de Ramsés VI, também foram descobertas, adicionando peças cruciais ao quebra-cabeça da história egípcia. Atualmente, o vale contém pelo menos 63 tumbas, começando com a de Tutemés I e terminando com a de Ramessés X ou Ramessés XI.
As explorações no Vale dos Reis continuam até hoje. Em 2001, o Theban Mapping Project desenhou novos sinais para cada uma das tumbas, disponibilizando informações detalhadas e plantas das tumbas abertas. Essas descobertas contínuas lançam luz sobre a vida, a morte e a espiritualidade dos faraós do Novo Reino, tornando o Vale dos Reis um tesouro arqueológico inestimável.
A tumba de Tutancâmon, conhecida como KV62, é um tesouro arqueológico sem igual. Descoberta em 1922 por Howard Carter, ela causou sensação mundial. O jovem faraó, embora não tenha sido poderoso em vida, tornou-se famoso após a morte.
A tumba continha cerca de 5.400 objetos, incluindo a icônica máscara mortuária de ouro. Carter descreveu a cena como "coisas maravilhosas", com ouro por toda parte. A máscara, pesando 11 quilos, cobria o rosto do faraó embalsamado em um caixão de ouro maciço de 225 quilos.
A tumba KV9, pertencente a Ramsés VI, é conhecida por sua sofisticação. Originalmente construída para Ramsés V, foi usurpada e ampliada por seu sucessor. Com mais de cem metros de extensão, possui um teto ricamente decorado com temas celestes e descrições de lendas e deuses egípcios.
As paredes exibem inscrições do Livro das Portas, Livro das Grutas e Livro do Céu, enquanto a câmara funerária apresenta cenas do Livro da Terra. O sarcófago de Ramsés VI e mais de 250 peças estão disponíveis para visitação.
1- KV5: A maior tumba do vale, pertencente aos filhos de Ramsés II, com 120 salas descobertas e ainda em escavação.
2- KV17: Tumba de Seti I, também conhecida como "tumba de Belzoni", é famosa por suas belas decorações.
3- KV46: Tumba dos nobres Yuia e Tuiu, possivelmente pais da rainha Tiy, era a mais preservada antes da descoberta de Tutancâmon.
4- KV11: Tumba de Ramsés III, um dos maiores reis guerreiros do Egito Antigo, com decorações incompletas devido a um erro técnico.
5- KV34: Tumba de Tutmósis III, conhecido por suas habilidades militares e de gestão, localizada acima do nível do solo para proteção contra inundações.
Estas tumbas oferecem vislumbres fascinantes da vida, morte e crenças dos antigos egípcios, tornando o Vale dos Reis um tesouro arqueológico inestimável
O período ideal para explorar o Vale dos Reis é de outubro a maio, quando as temperaturas são mais amenas. Durante o verão egípcio, de junho a setembro, o calor pode ser intenso, com temperaturas próximas a 50°C em Luxor. Apesar disso, a vantagem da visita no verão é a menor quantidade de turistas.
No inverno, as temperaturas são mais agradáveis, permitindo visitas durante todo o dia. É essencial levar protetor solar e manter-se hidratado, independentemente da estação. Para quem não se importa com multidões, os feriados de fim de ano e a Páscoa são períodos movimentados devido ao fluxo de turistas europeus.
O ingresso para o Vale dos Reis custa 400 EGP e dá acesso a três tumbas abertas à visitação. Tumbas especiais, como as de Tutancâmon, Ramsés V e VI, e Seti I, requerem ingressos separados. É importante comprar os ingressos na portaria principal, pois não há venda na região das tumbas.
Para fotografar com câmeras profissionais, é necessário pagar uma taxa adicional. Fotos com celular são permitidas sem custo extra, mas filmagens podem ser cobradas. É fundamental verificar as regras atualizadas sobre fotografia antes da visita.
1- Horário de funcionamento: O Vale dos Reis abre das 6h às 17h (no inverno, fecha uma hora mais cedo).
2- Transporte interno: Após a compra do ingresso, um trenzinho leva os visitantes até a área das tumbas (tarifa à parte).
3- Guia turístico: Recomenda-se contratar um guia para melhor compreensão do local, embora eles não possam entrar nas tumbas.
4- Itens essenciais: Leve água, lanche e dinheiro em espécie (libras egípcias).
5- Iluminação: As tumbas podem ser escuras, mas há áreas bem iluminadas para apreciação.
6- Preservação: Evite usar lanternas ou luzes de celular para não danificar o patrimônio.
7- Controle de visitantes: Há um limite de pessoas permitidas em cada tumba simultaneamente.
Lembre-se de que o Vale dos Reis é um Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde 1979, o que requer respeito e cuidado durante a visita.
O Vale dos Reis é um tesouro arqueológico que oferece um vislumbre fascinante da antiga civilização egípcia. Sua história rica, as tumbas impressionantes e os artefatos preciosos têm uma influência profunda em nossa compreensão do passado.
Este guia fornece informações essenciais para planejar uma visita inesquecível, desde a escolha da melhor época até dicas práticas para explorar o local.
A jornada pelo Vale dos Reis é uma oportunidade única para mergulhar na história e cultura do Antigo Egito. As descobertas contínuas neste local fazem com que cada visita seja uma experiência nova e emocionante.
Ao respeitar as diretrizes de preservação e aproveitar ao máximo as informações disponíveis, os visitantes podem realmente apreciar a grandeza e o mistério deste Patrimônio Mundial da UNESCO.
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